Guias de turismo e trabalhadores da região de Jericoacoara, incluindo os municípios de Jijoca, Camocim e Cruz, protestam contra a cobrança de ingressos no Parque Nacional de Jericoacoara, estabelecida pela concessionária Urbia + Cataratas Jeri. A tarifa de R$ 50, que foi prevista no edital de concessão do parque em 2023, gerou insatisfações entre os moradores e profissionais do turismo. Além disso, há críticas sobre a implementação de novas restrições ao tráfego de veículos no parque, que afetariam diretamente os guias locais. A Prefeitura de Jericoacoara também contestou a cobrança judicialmente, alegando falta de transparência e problemas no cadastro dos moradores que deveriam ser isentos da taxa.
A concessionária, que venceu o leilão para administrar o parque, afirma que as mudanças são necessárias para melhorar os serviços de turismo e que o cronograma de investimentos inclui obras de infraestrutura, como novos banheiros públicos e a criação de um Centro de Visitantes. Embora a cobrança de ingressos tenha sido previamente acordada, o valor será progressivamente ajustado ao longo dos próximos anos. A concessionária também assegura que iniciou o processo de cadastramento dos moradores e trabalhadores locais, com apoio de associações e cooperativas.
Apesar das alegações de melhorias, os guias e empresários locais pedem uma revisão dos termos do contrato, especialmente no que diz respeito à tarifa de entrada, que consideram excessiva para os turistas. Eles também expressam preocupações com as mudanças nas regras de circulação de veículos dentro do parque e com a construção de uma estrada temporária. Embora os moradores de Jericoacoara, Camocim e Cruz estejam isentos da cobrança, há receios de que o processo de isenção não esteja sendo bem executado, o que poderia gerar confusão e insatisfação local.