A guerra na Ucrânia, que já dura mil dias, permanece em um impasse estratégico, com ações limitadas no campo de batalha e crescentes tensões diplomáticas. Enquanto a Rússia mantém avanços graduais na região de Donetsk e reforça alianças internacionais, como com a Coreia do Norte, a Ucrânia enfrenta desafios em consolidar apoio ocidental, especialmente com a recente autorização dos Estados Unidos para o uso de mísseis de longo alcance por Zelensky. Essa escalada armamentista ampliou os riscos de represálias russas, incluindo o uso de armas nucleares táticas, em resposta à participação de armamentos de Estados nuclearizados em ataques ao seu território.
Nos últimos meses, a política internacional desempenhou um papel central na dinâmica do conflito. A eleição de Donald Trump, que busca um acordo de paz que favoreça os interesses russos, ameaça desestabilizar ainda mais a posição da Ucrânia, que depende do apoio de seus aliados ocidentais. Paralelamente, o governo russo endureceu sua retórica nuclear, elevando os temores de uma escalada no conflito caso as novas armas sejam utilizadas. Apesar das ameaças, analistas apontam que um acordo diplomático desfavorável à Ucrânia é o desfecho mais provável, embora o espectro de uma crise nuclear, embora improvável, continue no horizonte.
Com o tempo se esgotando, Volodymyr Zelensky tenta fortalecer sua posição estratégica antes da posse do novo governo americano. A guerra já causou centenas de milhares de mortes e abalou profundamente a ordem global, mas permanece incerta a possibilidade de uma resolução que traga estabilidade à região. Enquanto isso, as tensões internacionais e os riscos de uma escalada em larga escala mantêm o conflito como um dos focos principais da geopolítica contemporânea.