A guerra na Ucrânia alcançou 1.000 dias, marcada por intensos combates e um impasse diplomático que mantém as tropas exaustas em várias frentes. Com ataques de drones e mísseis em Kiev, o conflito segue devastando o país, que perdeu 25% de sua população e enfrenta altos custos humanos e territoriais. Milhares de ucranianos vivem como refugiados, e a guerra de trincheiras transformou cidades no leste em ruínas, enquanto forças russas ainda ocupam 20% do território.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, autorizou o uso de mísseis norte-americanos em alvos dentro da Rússia, uma medida que pode limitar a capacidade ofensiva russa, mas é considerada insuficiente para alterar o curso da guerra. Especialistas apontam que mudanças na postura dos EUA são esperadas caso Donald Trump retome a presidência, dado seu compromisso em encerrar o conflito, embora sem detalhar como isso seria feito. A possível transição no governo americano levanta dúvidas sobre a continuidade do apoio ocidental à Ucrânia e sobre o futuro das negociações de paz.
Enquanto isso, as posições entre Kiev e Moscou permanecem inconciliáveis. A Ucrânia exige a retirada total das tropas russas e garantias de segurança similares às da Otan, enquanto o Kremlin insiste no reconhecimento da anexação das províncias ocupadas e na desistência da adesão ucraniana à aliança militar. Apesar dos esforços diplomáticos e das expectativas de negociações no próximo ano, o fim do conflito ainda parece distante, com ambos os lados mantendo demandas consideradas inaceitáveis pelo adversário.