A cidade de Guarapari, no Espírito Santo, é reconhecida por sua rica biodiversidade marinha, que inclui uma série de naufrágios que se tornaram destinos de mergulho internacionais. Com o título de “Capital Nacional da Biodiversidade Marinha”, Guarapari é lar de quatro embarcações afundadas, incluindo o Victory 8B, que foi planejado para servir como recife artificial. Essas estruturas submersas abrigam uma grande variedade de vida marinha, atraindo mergulhadores experientes para explorar os recifes e seus porões, onde é possível observar cardumes e outras espécies.
O processo de afundamento de navios foi pensado para estimular o ecoturismo e a conservação da biodiversidade local. O Victory 8B, por exemplo, foi afundado em 2003, e em pouco tempo se transformou em um ponto de observação de vida marinha. Especialistas em mergulho como Eduardo Serra e Ivan Costa Santos destacam que a combinação de fatores climáticos e geográficos contribui para a abundância de vida na região, o que torna o mergulho uma atividade popular. Além disso, o projeto de afundamento de recifes artificiais na costa de Guarapari foi impulsionado por um projeto do governo estadual que visava criar mais pontos de interesse turístico subaquático.
Entretanto, o turismo marinho em Guarapari também enfrenta desafios, como a pesca predatória e a falta de uma fiscalização adequada para proteger os ecossistemas marinhos. Embora o projeto de afundamento de navios tenha sido abandonado, a cidade ainda possui grande potencial para a exploração do ecoturismo, que pode gerar retorno econômico e contribuir para a preservação da natureza local. A criação de um parque marinho e a conscientização ambiental são fundamentais para garantir o futuro da biodiversidade da região e promover um turismo sustentável.