Na noite de quarta-feira (13), após explosões ocorridas na Praça dos Três Poderes, o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ativou o Plano Escudo, um dispositivo de segurança emergencial que envolve a cooperação entre o Exército e a Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF). O plano foi elaborado para proteger as sedes do governo, como os palácios do Planalto, Alvorada, Jaburu e Granja do Torto, permitindo que as forças de segurança acessem essas áreas sem a necessidade de formalizar uma Garantia da Lei e da Ordem (GLO), que requer autorização presidencial.
A operação envolveu uma atuação coordenada da PM-DF nas áreas periféricas dos palácios, enquanto as Forças Armadas ficaram responsáveis por patrulhar as imediações mais próximas. O Plano Escudo foi revisado após os eventos de 8 de janeiro de 2023, quando falhas na segurança foram identificadas, como a falta de efetivo adequado em momentos críticos. A revisão sugeriu o aumento do número de agentes de segurança, que passaram de 30 para até 400, dependendo da gravidade da situação, além de ajustes no planejamento operacional.
A ativação do plano foi precedida de uma análise do risco, conduzida pela Coordenação-Geral da Análise de Risco, que determinou a necessidade da intervenção. A revisão do plano contou com a participação de diferentes órgãos de segurança, incluindo o Comando Militar do Planalto e a Secretaria de Segurança Pública do DF, e foi mantida em sigilo após o ataque de 8 de janeiro. A ação visa garantir a integridade física dos prédios governamentais e evitar novas ameaças à segurança das instituições.