Merendeiras das escolas estaduais de Marília (SP) iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira (11) devido ao atraso nos pagamentos de seus salários, afetando diretamente a rotina de mais de 15 mil alunos. A manifestação, que começou logo pela manhã em frente à Prefeitura, foi organizada para discutir a situação salarial e buscar soluções para o impasse. A falta de pagamento tem causado preocupação entre os profissionais, que exigem respostas claras sobre o repasse dos recursos destinados à empresa terceirizada responsável pela contratação.
Segundo informações das representantes da categoria, o último repasse feito pela Prefeitura à empresa terceirizada ocorreu em junho de 2024. A Prefeitura, por sua vez, afirma que os repasses continuam sendo realizados regularmente e que a responsabilidade pelo pagamento das merendeiras cabe à empresa contratada. Em reunião realizada na sexta-feira (8) com representantes sindicais, o município ressaltou estar tomando todas as medidas legais cabíveis para resolver o conflito.
Diante da greve, as escolas orientaram pais e responsáveis sobre alternativas temporárias, como enviar lanche e almoço de casa ou aceitar a merenda seca composta por bolachas e leite. A paralisação traz à tona a complexidade da relação entre Estado, município e empresas terceirizadas e destaca a necessidade de transparência na gestão dos recursos para assegurar os direitos trabalhistas dos profissionais que atuam nas escolas estaduais.