O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou que iniciará uma greve de fome em protesto pela falta de diálogo do governo de Luis Arce sobre as crises política e econômica que o país enfrenta. Morales afirmou que a greve se prolongará até que sejam estabelecidas duas mesas de diálogo: uma focada em questões econômicas e outra em questões políticas, destacando a injustiça enfrentada por dirigentes que se encontram presos e processados. O ex-presidente denunciou a perseguição política promovida pelo governo atual.
Em meio a tensões políticas, apoiadores de Morales invadiram unidades militares na região de Cochabamba, mantendo alguns militares como reféns. Essa ação foi uma resposta ao envio de forças do governo para desmantelar bloqueios em estradas, que já duravam 19 dias e estavam causando interrupções na circulação de alimentos, combustível e medicamentos. Morales pediu que seus apoiadores suspendessem as manifestações para evitar a escalada de violência e problemas econômicos adicionais.
A crise se intensificou após Morales ser investigado por supostas relações com uma menor de idade, o que levou a um mandado de prisão que poderia ser emitido, uma vez que ele não compareceu a um depoimento. Morales defende sua inocência, afirmando que já houve investigações sem a descoberta de provas contra ele, e acredita estar enfrentando uma perseguição por parte do atual governo, refletindo um crescente conflito entre as duas lideranças.