O governo argentino anunciou a suspensão da aposentadoria vitalícia de uma ex-presidente, após a confirmação de uma condenação judicial por fraude administrativa. A medida abrange tanto a aposentadoria pessoal da ex-mandatária quanto a pensão derivada do falecimento do marido, ex-presidente do país. De acordo com as autoridades, a suspensão visa economizar cerca de 21 milhões de pesos mensais para os cofres públicos, considerando que esses benefícios são destinados a ex-presidentes em reconhecimento aos seus serviços ao país.
A decisão do governo foi tomada após a confirmação, pela Câmara Federal de Cassação Penal, de uma condenação que impôs à ex-presidente uma pena de seis anos de prisão e inabilitação política, embora ela ainda tenha a possibilidade de recorrer à Suprema Corte. A acusação envolve o crime de administração fraudulenta durante seu mandato, no qual foi considerada responsável por irregularidades na gestão de recursos públicos. A ex-presidente, por sua vez, manifestou-se nas redes sociais, criticando o presidente atual e qualificando a ação como um ato autoritário.
Com a perda dos benefícios, a ex-presidente deixa de receber uma aposentadoria especial que incluía, além da pensão pessoal, a pensão por viuvez. Apesar da condenação, ela não deve cumprir pena em regime fechado, pois, devido à sua idade avançada, a legislação permite a suspensão da pena privativa de liberdade. A ex-presidente continua sendo uma figura central na oposição ao governo atual, presidido por um líder com uma postura ultraliberal.