O governo geral brasileiro, incluindo as esferas federal, estadual e municipal, registrou uma necessidade de financiamento de R$ 844 bilhões em 2023, o que representa um aumento de 111,2% em relação ao ano anterior. Esse aumento é impulsionado por uma elevação de 3,4% na arrecadação total, ao passo que as despesas do setor público cresceram 13,2%. O maior aumento nas despesas ocorreu no setor de investimentos, especialmente em programas como o Minha Casa Minha Vida, que teve um crescimento de 39,7%. Além disso, os benefícios sociais, incluindo o Bolsa Família, também registraram aumentos expressivos.
No que diz respeito à receita, a arrecadação de impostos subiu 4,1%, enquanto as contribuições sociais aumentaram 7,5%. Porém, outros tipos de receita sofreram uma queda de 3,4%. Em termos de gastos, o governo federal, estadual e municipal apresentaram aumentos em diversas áreas, com destaque para a elevação de 14,3% nos benefícios previdenciários e assistenciais, e 10,6% na remuneração de empregados. Além disso, houve uma alta nas despesas com juros (9,8%) e com subsídios (7,7%).
Em relação à capacidade de investimento do governo, a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) alcançou R$ 215,8 bilhões, um crescimento de 7,8% em relação ao ano anterior. Esse aumento foi impulsionado por maiores investimentos dos governos federal e municipal, que registraram variações de 22,8% e 28,6%, respectivamente. Já os investimentos nos governos estaduais caíram 15,2%. O valor adicionado do governo ao Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023 foi de R$ 1.473,9 bilhões, representando 13,6% do total, com um crescimento geral nas três esferas de governo, sendo o setor municipal o que mais aumentou sua participação relativa.