O governo federal anunciou um pacote de medidas para reduzir gastos obrigatórios e alcançar uma economia de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou que o pacote inclui mudanças em áreas como o abono salarial, a previdência dos militares, as emendas parlamentares e os reajustes do salário mínimo. Haddad enfatizou que a proposta visa combater distorções no sistema público e garantir que os recursos sejam direcionados a quem mais necessita, promovendo um aperfeiçoamento nos mecanismos de controle.
Entre as principais medidas, estão o aumento da idade mínima para a reserva dos militares e ajustes nas pensões, com o objetivo de promover maior igualdade no sistema de previdência das Forças Armadas. Além disso, o abono salarial, destinado aos trabalhadores com até dois salários mínimos, passará a ser corrigido apenas pela inflação, sem o aumento real como ocorre atualmente com o salário mínimo. A mudança nas regras de reajuste do salário mínimo também será ajustada para se adequar ao teto de crescimento dos gastos, limitado a 2,5% acima da inflação.
O pacote inclui ainda o combate aos supersalários no serviço público e mudanças nas emendas parlamentares, com 50% dos recursos direcionados obrigatoriamente para o Sistema Único de Saúde (SUS). Haddad afirmou que as medidas têm como objetivo reduzir a inflação, controlar o custo da dívida pública e criar um ambiente de juros mais baixos no futuro. O governo busca, com essas ações, melhorar a sustentabilidade fiscal do país, promovendo uma distribuição mais justa e eficiente dos recursos públicos.