O governo federal propôs uma revisão nas regras para o reajuste do salário mínimo, limitando seu crescimento real a 2,5% acima da inflação, conforme as diretrizes do novo arcabouço fiscal. Se aprovado, o salário mínimo passará de R$ 1.412 para R$ 1.515 em 2025, considerando a inflação de 4,66% e o crescimento econômico de 2,9% registrado em 2023. A proposta visa controlar o aumento das despesas do governo, que têm crescido acima dos limites estabelecidos pela regra fiscal.
Atualmente, o reajuste do salário mínimo leva em conta tanto a variação da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), quanto o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores. Com a nova proposta, o aumento real será mais modesto em comparação com a regra vigente, mas ainda garantirá um reajuste acima da inflação. Essa mudança também refletirá em uma redução dos gastos públicos com benefícios como o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
O impacto dessa revisão no salário mínimo faz parte de um conjunto de medidas fiscais para controlar o crescimento das despesas governamentais, especialmente em um contexto de pressões orçamentárias. As mudanças propostas, no entanto, ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso Nacional, e só após essa aprovação será possível determinar o valor final do reajuste do salário mínimo em 2025.