O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo brasileiro está desenvolvendo uma proposta para reformular as diretrizes de correção do salário mínimo, com o objetivo de garantir que ele continue a crescer acima da inflação de maneira sustentável. A iniciativa visa adequar os aumentos do salário mínimo às novas normas fiscais do país, sem comprometer o equilíbrio fiscal. Haddad destacou que, durante o governo atual, o aumento real do salário mínimo foi recuperado, refletindo a política de valorização implementada pela administração anterior.
A política de valorização do salário mínimo atualmente em vigor é baseada na soma do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro e na variação do crescimento econômico registrado dois anos antes. O salário mínimo, atualmente fixado em R$ 1.412, tem seus aumentos definidos por esses indicadores, o que garante um ganho real para os trabalhadores, além da correção pela inflação.
Entretanto, o governo planeja estabelecer um limite para o aumento real, que seria restrito a um teto de 2,5%, correspondente ao crescimento das despesas públicas. Essa medida visa controlar os gastos do governo dentro dos parâmetros fiscais estabelecidos, equilibrando a necessidade de valorização do salário mínimo com a responsabilidade fiscal. A proposta está sendo analisada e deverá ser encaminhada para discussão nas próximas semanas.