O governo brasileiro está retomando as discussões sobre a revisão de gastos públicos, com foco em cortes e ajustes que podem afetar diversas áreas. Após o retorno do presidente ao país e uma reunião no G20, o Ministério da Fazenda está preparado para apresentar uma proposta que inclui mudanças no cálculo do reajuste do salário mínimo e a reformulação de benefícios como o abono salarial. O objetivo é alinhar os gastos às condições econômicas atuais, apesar de enfrentar resistência de diferentes setores e ministérios.
Entre as principais medidas em análise está a limitação do reajuste do salário mínimo a 2,5% ao ano, acima da inflação, alterando a regra atual que considera também o PIB. Além disso, o abono salarial pode ser reduzido para trabalhadores que ganham até um salário mínimo, restringindo o alcance do benefício. Essas ações são justificadas pelo governo como necessárias para adequar a política econômica ao cenário de recuperação do mercado de trabalho.
Outro ponto central das negociações é a reforma da Previdência, com foco nas condições dos militares, menos impactados pelas reformas anteriores. Mudanças em aposentadorias e pensões, especialmente as destinadas a familiares, estão sendo discutidas. Embora enfrentando resistência, o governo espera anunciar as medidas nas próximas semanas, consolidando um plano que busca equilibrar as contas públicas diante das atuais demandas econômicas.