O governo do Estado de São Paulo conduziu, sob protestos, o segundo leilão na Bolsa de Valores (B3) para a parceria público-privada (PPP) responsável pela construção e gestão de serviços não pedagógicos em escolas de 16 municípios paulistas. O Consórcio SP+Escolas venceu a licitação com uma proposta de R$ 11,5 milhões, que representa um deságio de 22,5% em relação ao valor máximo estipulado pelo governo. A remuneração será paga mensalmente durante um período de 25 anos, e as cidades beneficiadas incluem locais como Campinas, Sorocaba e Guarulhos.
Apesar de uma liminar judicial que tentou suspender o leilão, o Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou o recurso do governo, permitindo que o processo prosseguisse. A sessão do leilão foi marcada por protestos de professores e representantes de sindicatos, que se manifestaram contra a iniciativa. A Polícia Militar foi acionada para conter os tumultos, assegurando a ordem pública e o direito à manifestação, enquanto o secretário da Educação comentou que as opiniões divergentes fazem parte da democracia.
O governador ressaltou que a avaliação dos serviços prestados pela empresa será considerada e que, caso o desempenho seja insatisfatório, a remuneração da concessionária será afetada. Ele enfatizou que o ensino permanecerá gratuito e sob a responsabilidade do Estado, com a PPP servindo para modernizar as escolas e liberar os professores para se concentrarem nas atividades pedagógicas. Além disso, foi anunciado o lançamento de uma nova consulta pública para outra PPP focada na manutenção de equipamentos em 143 escolas já existentes.