Uma equipe do governo do Paquistão alcançou, neste domingo (24), um acordo de cessar-fogo de sete dias entre grupos sectários rivais no noroeste do país, após dias de intensos confrontos que resultaram em pelo menos 68 mortes e dezenas de feridos. O acordo foi mediado com o apoio das autoridades locais e visa interromper os ataques entre as facções xiita e sunita, que há anos enfrentam tensões e disputas violentas na região.
A violência escalou na quinta-feira (21), quando homens armados atacaram veículos de passageiros no distrito de Kurram, resultando na morte de mais de 40 pessoas. Esse incidente ocorreu em uma área marcada por rivalidades sectárias e disputas territoriais, especialmente entre muçulmanos xiitas e sunitas, que competem por terras próximas à fronteira com o Afeganistão. Esses conflitos têm raízes profundas na história da região, agravados por questões de identidade religiosa e controle territorial.
O ministro da Informação do Khyber Pakhtunkhwa, Muhammad Ali Saif, anunciou que os líderes das duas facções concordaram com o cessar-fogo e que as hostilidades serão interrompidas por uma semana, permitindo um período de relativa calma. A trégua busca diminuir a violência e permitir uma abordagem diplomática mais ampla para resolver as tensões sectárias na região, que continuam a ser uma fonte de instabilidade no Paquistão.