Membros do governo brasileiro negaram que a polêmica envolvendo o Carrefour interfira nas negociações do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que acontecem esta semana em Brasília. Embora o conflito tenha gerado repercussões políticas no Brasil, fontes oficiais asseguram que os debates estão sendo conduzidos em nível técnico, sem impacto direto nos encontros presenciais que iniciam no dia 26 de novembro e se estendem até o dia 29. As negociações são coordenadas pelo Ministério das Relações Exteriores e contam com a presença do negociador-chefe da União Europeia.
O embate teve início após o Carrefour anunciar, na última semana, que deixaria de comercializar carnes provenientes do Mercosul em suas lojas na França. Essa decisão gerou reações no Brasil, incluindo críticas de produtores de carne e autoridades, com o Ministério da Agricultura e Pecuária se posicionando contra a medida. Como resultado, o governo brasileiro anunciou uma possível retaliação ao fornecimento de carne para a empresa.
Apesar das tensões diplomáticas, as fontes afirmam que, por ora, as discussões entre as duas regiões seguem no campo técnico e não estão sendo influenciadas por esse episódio. No entanto, existe a possibilidade de que, em uma fase posterior das conversas, as repercussões políticas da crise possam afetar as decisões dos países envolvidos.