O governo federal intensificou, nesta quarta-feira (13), as reuniões para discutir medidas de contenção de despesas públicas, com foco na sustentabilidade fiscal. O presidente Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, se encontraram para tratar das propostas de corte, que agora estão sendo alinhadas com o Congresso. Pacheco defendeu mudanças na vinculação entre a valorização do salário mínimo e o aumento das despesas obrigatórias, argumentando que a política de aumento do salário mínimo não pode estar diretamente ligada ao crescimento de despesas com saúde, educação e outros setores essenciais.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também se reuniu com ministros e comandantes das Forças Armadas para garantir a adesão das diferentes pastas ao esforço de redução de gastos. O objetivo é que as propostas apresentadas, que envolvem ao menos seis ministérios, promovam o equilíbrio fiscal sem prejudicar áreas estratégicas como saúde e educação. A equipe econômica estima que cada aumento do salário mínimo gere um impacto significativo nas despesas governamentais, o que torna necessária uma reavaliação dos parâmetros de crescimento das despesas.
Apesar de não haver uma previsão oficial para o anúncio das medidas, o governo continua a trabalhar para garantir a sustentabilidade do novo arcabouço fiscal, aprovado pelo Congresso em 2023. As discussões seguem com a meta de manter a credibilidade da política fiscal, embora ainda haja incertezas sobre a efetividade das mudanças e a resposta do Congresso. A próxima agenda política do governo inclui a reunião do G20 no Rio de Janeiro e a visita do presidente da China a Brasília, o que pode influenciar o timing das decisões.