O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou uma ajuda adicional de 2,3 bilhões de euros para as regiões afetadas pelas fortes inundações que devastaram Valência no final de outubro. Este valor é parte de um pacote total de 16,6 bilhões de euros destinados à reconstrução e apoio às vítimas. As enchentes, provocadas por chuvas torrenciais, resultaram em mais de 220 mortes e dezenas de desaparecidos, sendo consideradas as mais mortais da história recente da Espanha. Sánchez afirmou que o governo continuará a fornecer assistência enquanto necessário.
A tragédia desencadeou uma série de críticas e disputas políticas, com o governo central apontando falhas da administração regional na gestão da crise. Segundo o governo, houve demora nos alertas à população sobre o risco de alagamentos, o que teria contribuído para a gravidade dos danos. A situação gerou um confronto político, com o governo de esquerda acusando a oposição conservadora de negligência, enquanto a oposição responsabiliza a gestão central pela falta de coordenação eficaz.
Especialistas em climatologia destacam que eventos climáticos extremos, como o ocorrido em Valência, estão se tornando mais frequentes devido às mudanças climáticas. O aquecimento das águas do Mar Mediterrâneo, que intensifica a evaporação e aumenta a intensidade das chuvas, é apontado como um dos fatores principais para o agravamento dessas condições. O governo espanhol, por meio de Sánchez, também criticou a postura de governantes que negam os efeitos da mudança climática, enfatizando a necessidade de ação urgente para mitigar tais desastres no futuro.