A equipe econômica do governo federal trabalha em medidas de contenção de despesas que serão apresentadas em breve para garantir o cumprimento das metas fiscais e controlar o aumento da dívida pública e dos juros. Em reunião no Palácio do Planalto, o presidente e vários ministros discutiram a situação fiscal do país, mas o encontro terminou sem anúncios ou declarações públicas. A Fazenda informou que o quadro fiscal foi compreendido pelos presentes, e novos encontros com outros ministérios estão previstos para dar continuidade às discussões e ampliar as contribuições.
Nos bastidores, há expectativa de que o pacote inclua a definição de limites para despesas obrigatórias, excluindo certos compromissos, como o aumento real do salário mínimo e a aposentadoria atrelada a ele. Além disso, podem ocorrer ajustes na destinação de gastos em setores como saúde e educação. No entanto, a falta de detalhes sobre essas medidas tem gerado apreensão no mercado financeiro, impactando o dólar, a Bolsa de Valores e as taxas de juros futuros.
Especulações envolvendo cortes em benefícios trabalhistas, como o seguro-desemprego e a multa de demissão sem justa causa, foram negadas pelo Ministério do Trabalho, cujo ministro afirmou que qualquer mudança sem discussão prévia seria inaceitável, a ponto de considerar deixar o cargo. Apesar da inquietação do mercado, o governo garante que apresentará propostas que sustentem a viabilidade do arcabouço fiscal nas próximas semanas.