O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa abolir a jornada de trabalho na escala 6×1 (seis dias de trabalho e um de descanso). De acordo com Marinho, o governo considera a proposta com grande simpatia, especialmente pela sua potencial melhoria nas condições de trabalho, em especial para as mulheres. A PEC, de autoria da deputada Erika Hilton, já obteve o número necessário de assinaturas para começar a tramitar na Câmara dos Deputados, embora a própria deputada reconheça que as chances de aprovação imediata são baixas.
Apesar do apoio à proposta, Marinho defendeu que o tema seja tratado com cautela, enfatizando a importância de negociações entre empregadores e trabalhadores para a definição de jornadas de trabalho. O ministro lembrou que, enquanto presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, foi possível reduzir a carga horária e eliminar a escala 6×1, beneficiando trabalhadores com jornadas de 40 horas semanais. Marinho reforçou que a fixação de horários de trabalho deve ser uma decisão negociada, e não imposta unilateralmente.
A PEC propõe uma mudança significativa nas relações trabalhistas, com o fim da jornada de trabalho extremamente desgastante de seis dias consecutivos de trabalho, o que poderia trazer benefícios para a qualidade de vida dos trabalhadores, especialmente para as mulheres, que muitas vezes enfrentam jornadas mais rígidas. A proposta ainda passará por uma longa tramitação no Congresso, incluindo a análise de sua constitucionalidade pela Comissão de Constituição e Justiça, antes de ser votada pelos deputados e senadores.