O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou em entrevista à CNBC que o governo brasileiro está focado em atrair empresas chinesas para o Brasil, com o objetivo de gerar empregos e fortalecer a economia nacional. Segundo ele, a China, que é o maior parceiro comercial do Brasil, tem interesse em firmar um acordo estratégico com o país durante a visita do presidente Xi Jinping. Haddad ressaltou a importância da Rota da Seda e da visão de desenvolvimento global da China, destacando áreas como infraestrutura e tecnologia, em que o Brasil pode se beneficiar.
O ministro mencionou que diversas empresas chinesas já estão envolvidas em projetos no Brasil, como construtoras no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e montadoras de veículos, e que há potencial para a produção de painéis solares no país. Além disso, ele enfatizou a necessidade de o Brasil explorar as oportunidades de cooperação com a China, especialmente em setores estratégicos, como energia e tecnologia, onde o país asiático possui expertise.
Haddad também comentou sobre a postura do Brasil em relação aos principais blocos econômicos globais, como a China, a União Europeia e os Estados Unidos, argumentando que o país não deve se alinhar exclusivamente a um desses blocos. Ele defendeu que, devido à diversidade de complementações econômicas, o Brasil pode manter relações comerciais vantajosas com todos, sem a necessidade de se subordinar a uma única potência econômica.