O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Joe Biden, está tentando fechar um acordo internacional crucial antes das negociações em Paris, com o objetivo de limitar o financiamento a projetos de petróleo e gás no exterior. Essa iniciativa é parte de um compromisso assumido por Biden em seu primeiro ano de governo, mas ainda enfrenta desafios nas discussões com países europeus e com o Banco de Exportação e Importação dos EUA. O objetivo é expandir uma proibição de três anos, originalmente voltada a projetos de carvão, para incluir a maioria dos projetos de petróleo e gás, restringindo o apoio financeiro por meio de agências de crédito à exportação.
O acordo proposto pela União Europeia visaria limitar empréstimos e garantias para projetos de petróleo e gás, uma medida que se alinha ao esforço global para reduzir as emissões de carbono. No entanto, o processo tem sido interrompido devido a discordâncias internas, especialmente quanto à regulamentação do Banco de Exportação e Importação dos EUA, que tem a missão de apoiar empresas americanas, mas enfrenta restrições legais para discriminar determinados setores. Além disso, o governo Biden busca uma solução que seja sólida o suficiente para resistir a uma possível mudança de administração após as eleições de 2024, dado o risco de uma reversão dessa política.
O senador Ed Markey, defensor das ações climáticas, pressionou o governo para que cumpra sua promessa de eliminar o financiamento público para combustíveis fósseis no exterior, conforme acordado em cúpulas climáticas anteriores. A medida seria vista como uma vitória significativa para a agenda ambiental de Biden, principalmente se for consolidada em um organismo internacional como a OCDE, o que dificultaria reveses políticos no futuro. O governo está em uma corrida contra o tempo para garantir que as medidas climáticas adotadas sejam parte do legado de Biden antes de uma possível mudança de governo.