O ministro da Fazenda anunciou um pacote de medidas econômicas para cortar R$ 70 bilhões em 2025 e 2026, com o objetivo de assegurar a viabilidade do arcabouço fiscal e controlar o crescimento das despesas públicas. As ações incluem uma limitação no aumento do salário mínimo, que continuará acima da inflação, mas de forma sustentável, e a redução do valor para o abono salarial, que passará a abranger apenas quem ganha até R$ 2.640. Além disso, o governo pretende revisar benefícios fiscais e restringir a concessão de novos benefícios tributários, caso as contas públicas apresentem déficits.
Outro ponto importante das medidas é a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, um aumento considerável em relação ao limite atual de R$ 2.824. Para compensar essa isenção, o governo planeja aumentar a tributação sobre as faixas de alta renda, ou seja, para quem recebe mais de R$ 50 mil mensais. Essa reestruturação tributária busca garantir que as finanças públicas se mantenham equilibradas e sustentáveis, com o objetivo de evitar o aumento da dívida pública, que poderia pressionar os juros e a inflação.
O pacote também inclui reformas em benefícios sociais e aposentadorias, com foco no controle de gastos e no combate a fraudes. A proposta de ajuste nas aposentadorias militares visa estabelecer maior igualdade, incluindo a criação de uma idade mínima para a reserva e a limitação de pensões. Apesar de um foco inicial em aumentar a arrecadação, o governo reconhece que é necessário um corte significativo nos gastos obrigatórios para evitar que políticas públicas essenciais, como saúde, educação e benefícios sociais, sejam prejudicadas nos próximos anos.