O governo federal exigiu uma retratação formal do Carrefour após a empresa anunciar a suspensão da compra de carne do Mercosul, incluindo do Brasil. O CEO global da rede afirmou que a decisão se baseava em preocupações com a qualidade do produto. Em resposta, produtores brasileiros interromperam o fornecimento de carne à companhia, e o governo brasileiro afirmou que espera um recuo na posição da empresa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que acredita em uma mudança na postura do Carrefour, embora tenha evitado se aprofundar no tema.
Em paralelo, Haddad também anunciou que o governo está finalizando o pacote de medidas fiscais que visa garantir a viabilidade do arcabouço fiscal nos próximos anos, com envio do texto ao Congresso Nacional previsto para esta semana. A proposta inclui restrições ao aumento do salário mínimo, mudanças nas regras de aposentadoria de militares e ajustes no seguro-desemprego, além de outras medidas que precisam da aprovação do Legislativo para serem implementadas. O ministro afirmou que o governo já fechou o entendimento interno, aguardando apenas o contato oficial com o Congresso para o envio do texto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou o dia reunido com sua equipe econômica para definir os últimos detalhes do corte de gastos, enquanto ministros de outras áreas, como Saúde, Educação e Defesa, também participaram de discussões sobre o tema. As medidas fiscais buscam controlar o crescimento das despesas públicas e assegurar o cumprimento das metas fiscais para o ano de 2024, com o governo se preparando para apresentar as propostas de forma definitiva ao Congresso.