O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou ceticismo em relação à expectativa de soluções rápidas para os desafios econômicos do Brasil, afirmando que não existem medidas milagrosas para resolver os problemas fiscais. Em meio à alta do dólar, que chegou a R$ 5,99, o ministro ressaltou que a recuperação fiscal do país será gradual, e que a reavaliação das metas econômicas pelo mercado financeiro é essencial, considerando que os resultados esperados para o crescimento econômico e o superávit primário não se concretizaram como projetado.
Haddad também alertou que a resolução de déficits fiscais acumulados por mais de uma década não será possível em um único ano. Ele destacou a necessidade de uma ação coordenada entre os membros do governo para fortalecer o arcabouço fiscal e cumprir as metas fiscais estabelecidas. Embora o processo de ajuste fiscal seja contínuo, o ministro acredita que, caso as novas medidas sejam aprovadas, o cumprimento dessas metas será viável no futuro próximo.
Além disso, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, reforçou que a isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil era uma promessa de campanha do presidente Lula, e não uma medida inesperada. Ele também afirmou que as novas políticas visam responder às incertezas do mercado, garantindo que não haverá comprometimento das contas públicas a longo prazo e que o governo busca manter a estabilidade fiscal, apesar das reações negativas do mercado aos anúncios econômicos recentes.