O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu nesta segunda-feira medidas rigorosas contra o crime organizado, sugerindo equiparar facções criminosas a organizações terroristas e endurecer as penas para seus integrantes. A declaração foi feita em um evento com investidores promovido pelo banco UBS em São Paulo, onde o governador também ressaltou a importância de aumentar o efetivo policial e restringir determinados benefícios para membros de facções. Ele argumentou que essas medidas são essenciais para um enfrentamento eficaz do crime organizado no país.
Tarcísio também comentou sobre a recente execução de um empresário delator no Aeroporto de Guarulhos, ressaltando que o caso demanda uma resposta enérgica do poder público. Uma força-tarefa foi anunciada para investigar o crime, composta por autoridades estaduais e com o apoio da Polícia Federal. Embora não tenha participado da coletiva de imprensa sobre a força-tarefa, o governador enfatizou que ações como essas e o uso de tecnologia e inteligência são partes fundamentais de sua estratégia para reforçar a segurança pública em São Paulo.
Durante o evento, o governador expressou uma visão crítica das propostas de segurança pública do governo federal, afirmando que a atual Proposta de Emenda à Constituição (PEC) não é suficiente para lidar com a situação da segurança no país. Tarcísio defende que mudanças legislativas são necessárias para tratar os membros de facções de forma diferenciada e proteger áreas estratégicas, como florestas e hidrovias. A PEC sugere a criação de um Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), com diretrizes uniformes para os estados, mas, segundo o governador, essas medidas precisam de ajustes para serem eficazes no combate ao crime organizado.