O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, lançou o projeto “Capoeira nas Escolas” e regulamentou a Lei Moa do Katendê, em evento que marcou o início das celebrações do Novembro Negro. A iniciativa inclui a prática de capoeira no currículo das escolas públicas, além de promover oficinas educativas, qualificação de instrutores e fornecimento de materiais culturais para as aulas, como instrumentos tradicionais. Durante o evento, também foram inauguradas obras de modernização do Colégio Estadual Zumbi dos Palmares, que recebeu um investimento de R$ 9,2 milhões.
A Lei Moa do Katendê, que será publicada no Diário Oficial, tem o objetivo de proteger e incentivar a capoeira na Bahia. A medida é vista como um marco importante para a valorização das raízes culturais afro-brasileiras e visa preservar o legado de mestres como Moa do Katendê. A filha do homenageado, Somonair Katendê, destacou a importância da iniciativa, que fortalece a memória e as contribuições de seu pai para a cultura baiana. A capoeira nas escolas representa não apenas um aprendizado físico, mas um resgate histórico e cultural significativo.
Além disso, a programação do Novembro Negro na Bahia inclui mais de 500 atividades em diversos municípios, abordando questões como o combate ao racismo, a intolerância religiosa, e a promoção da igualdade racial. A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) organizou eventos que vão desde caminhadas e ações em comunidades quilombolas até festivais de empreendedorismo e economia criativa. O dia 20 de novembro será reconhecido como o Dia Nacional da Consciência Negra, destacando a importância da luta e resistência da população negra no Brasil.