O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, criticou as políticas fiscais do atual governo federal, destacando que os bons resultados econômicos observados são frutos de reformas estruturantes realizadas desde 2016. Segundo ele, esses avanços econômicos estão em risco devido ao que considera uma agenda fiscal descontrolada, que ameaça a sustentabilidade do crescimento do país. Tarcísio defende a adoção de medidas como a desindexação do salário mínimo, a desvinculação de receitas e uma reforma administrativa focada na redução de gastos públicos, considerando essas ações essenciais para garantir uma direção econômica sólida e sustentável.
Sobre a reforma tributária, o governador ressaltou que, embora não considere uma solução ideal, vê a aprovação da proposta como um avanço importante e necessário. Ele destacou que, apesar de suas imperfeições, a reforma deve beneficiar o estado de São Paulo, que historicamente é prejudicado pela guerra fiscal entre estados e perde recursos significativos com as concessões de créditos. Em sua avaliação, a reforma oferece um caminho para sanar algumas distorções do sistema atual, mesmo que o ideal desejado por todos ainda esteja distante.
Além das questões internas, Tarcísio comentou sobre a possível reeleição de Donald Trump nos Estados Unidos e a chance de uma nova guerra comercial com a China. Ele acredita que o Brasil deve se posicionar estrategicamente para transformar esses riscos globais em oportunidades, especialmente no setor de transição energética. Em sua visão, a regulação precoce de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, pode prejudicar o desenvolvimento nacional, e sugere que o mercado deve se autorregular antes de se impor restrições. O governador concluiu que essas políticas atuais podem fortalecer o campo político da direita para as eleições de 2026, apontando o cenário eleitoral recente como reflexo desse fortalecimento.