As gominhas de vitaminas coloridas, populares nas redes sociais, são apresentadas como uma solução prática e saborosa para acelerar o crescimento capilar. No entanto, especialistas alertam que, embora possam ser eficazes em casos de deficiências nutricionais específicas, como a falta de biotina, ferro ou vitamina D, seu uso isolado não gera benefícios significativos para quem não tem carências identificadas. Portanto, é importante avaliar a necessidade de consumo com base em um diagnóstico médico.
O dermatologista Lucas Miranda explica que, além das vitaminas essenciais, como A, C, D e biotina, os riscos de um consumo excessivo devem ser considerados, já que vitaminas lipossolúveis, como a A, podem causar toxicidade no organismo. A biotina, por exemplo, pode interferir nos resultados de exames laboratoriais. Além disso, o excesso de certos nutrientes pode prejudicar a absorção de outros elementos essenciais, como ferro e zinco, causando desequilíbrios nutricionais. Pacientes com diabetes também precisam ter cautela com o açúcar presente em algumas versões do produto, que pode afetar os níveis glicêmicos.
O crescimento capilar pode ser afetado por várias condições, como deficiência de nutrientes, alterações hormonais e fatores genéticos. A queda excessiva de cabelo, por sua vez, é uma preocupação crescente, sendo identificada quando o número de fios perdidos ultrapassa 100 por dia ou há falhas visíveis no couro cabeludo. Para o tratamento de queda capilar, é fundamental uma avaliação dermatológica para identificar as causas e receber o tratamento adequado, que pode incluir o uso de medicamentos tópicos, suplementação nutricional ou ajustes na dieta. Em casos mais graves, procedimentos avançados, como o laser capilar, podem ser indicados.