Em 2024, a Associação R3 Animal registrou a morte de 31 golfinhos nas praias de Florianópolis, com dados atualizados até o dia 12 de novembro. A maior parte das mortes está relacionada a interações com atividades humanas, especialmente a pesca, que representa 60% dos casos de morte identificados. Golfinhos podem ficar presos em redes de pesca e sofrer ferimentos graves ou morte, fenômeno conhecido como captura incidental. Essas interações não afetam apenas a saúde individual dos animais, mas também ameaçam suas populações, especialmente a espécie toninha, que é criticamente ameaçada de extinção.
A última ocorrência documentada aconteceu em 1º de novembro, quando um golfinho adulto foi encontrado na Praia Brava, mas a causa de sua morte não foi identificada devido ao estágio avançado de decomposição. Em setembro, outro golfinho foi resgatado pela Polícia Militar Ambiental após ficar preso em uma rede de pesca irregular na Baía Sul, o que destaca os riscos associados à pesca não regulamentada. Além disso, a ingestão de lixo marinho também é apontada como uma ameaça crescente para a fauna marinha local.
A toninha, uma das espécies mais afetadas, é especialmente vulnerável às práticas pesqueiras, já que habita áreas costeiras rasas. Um caso recente de uma toninha encontrada morta na Praia do Moçambique, com lesões compatíveis com o uso de redes de pesca, revela as consequências fatais dessas interações. O monitoramento contínuo e a implementação de medidas de proteção, como alarmes acústicos em redes de pesca, são vistos como soluções para mitigar esses impactos e proteger as espécies marinhas que dependem dessas águas costeiras para sobreviver.