A cidade de Goiânia ficou fora da recente iniciativa do Ministério da Educação (MEC) que visa expandir as matrículas em tempo integral nas escolas de educação básica em todo o país. A Prefeitura, responsável por 45 unidades de ensino do tipo e com mais de 10 mil alunos, não se inscreveu no programa antes do prazo de 31 de outubro. Segundo a Secretaria Municipal de Educação (SME), a adesão ao programa do MEC exigiria a abertura de novas escolas de tempo integral, o que poderia reduzir o número de vagas nas unidades já existentes.
Em nota, a SME explicou que a mudança para o ensino em período integral afetaria a capacidade de atendimento das escolas. Em escolas onde hoje estudam 400 alunos em dois turnos, o novo modelo de tempo integral limitaria a ocupação para 200 alunos, criando um déficit de vagas. A preocupação da Secretaria é de que essa alteração impacte o acesso à educação na região, dificultando a ampliação da capacidade de atendimento.
Para tentar contornar a situação, o prefeito eleito se reuniu com autoridades em Brasília para buscar recursos adicionais e garantir a adesão ao programa federal. Após as negociações, ele anunciou que Goiânia obteve um novo prazo para se cadastrar no Programa Escola em Tempo Integral. A equipe de transição do novo governo municipal será responsável por realizar essa inscrição nos próximos dias, com o objetivo de ampliar a oferta de ensino em período integral na cidade.
