A General Motors (GM) anunciou a demissão de cerca de 1.000 funcionários globalmente, como parte de um esforço para reduzir custos e melhorar a competitividade em um mercado automotivo global cada vez mais saturado. As demissões afetaram principalmente trabalhadores de colarinho branco, responsáveis por funções administrativas e de gestão. A empresa afirmou que a reestruturação visa aumentar a eficiência, otimizar a operação e alinhar a equipe com as principais prioridades da companhia.
A GM, assim como outras montadoras, enfrenta um período de transição desafiador devido ao avanço dos veículos elétricos (VEs). A empresa precisa equilibrar os investimentos em novas tecnologias, como fábricas de baterias e veículos elétricos, enquanto ainda mantém sua linha de produção de carros movidos a gasolina. No mercado dos EUA, as vendas de VEs cresceram 7,2% até setembro, mas esse aumento foi menor em comparação com o crescimento de 47% registrado no ano anterior. Mesmo assim, a GM continua sua adaptação ao novo cenário, buscando atender à demanda crescente por veículos elétricos.
No ano passado, a GM já havia oferecido pacotes de aquisição para cerca de 5 mil funcionários de colarinho branco, o que havia permitido reduzir a necessidade de demissões. A empresa também tem como meta cortar US$ 2 bilhões em custos fixos até o final de 2024, conforme declarado por seu diretor financeiro. A montadora, que possui cerca de 150 mil empregados globalmente, está se ajustando para garantir sua sustentabilidade no futuro, enquanto continua a enfrentar os desafios impostos pela transição para a eletrificação do setor automotivo.