O deputado Glauber Braga (Psol-RJ) anunciou sua decisão de renunciar à presidência da Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira (27). Braga explicou que sua decisão não representa um afastamento da luta política, mas sim um movimento para acelerar seu processo no Conselho de Ética, no qual está sendo acusado de quebra de decoro parlamentar. Ele também informou que abriria mão de todas as testemunhas previstas em sua defesa, buscando que o caso seja levado rapidamente ao Plenário.
Em um discurso emocionado, o parlamentar mencionou o apoio recebido, especialmente de sua colega, a deputada Luiza Erundina (Psol-SP), que se manifestou em defesa dele durante uma sessão do Conselho de Ética. A deputada destacou a importância da intransigência na defesa de princípios democráticos, como a liberdade e os direitos humanos, conceitos que, segundo ela, Braga tem seguido com firmeza.
A situação que levou à acusação contra o deputado ocorreu no dia 16 de abril, quando ele expulsou fisicamente um integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) durante uma manifestação no contexto de uma proposta que regulamenta a profissão de motoristas de aplicativo. Braga justificou sua ação como uma reação a provocações durante o episódio.