O general Mário Fernandes, que ocupava um cargo de destaque na Secretaria-Geral da Presidência durante o governo anterior, foi identificado como um dos responsáveis por elaborar uma narrativa que tentava responsabilizar o ex-ministro da Justiça por omissões no episódio de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A Polícia Federal encontrou um caderno, com anotações relacionadas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que sugeriam que o ex-ministro não teria tomado as medidas necessárias para impedir os ataques, o que indicaria uma tentativa de isentar outras autoridades de culpa.
Além desse caderno, foi apreendido um arquivo em um HD externo, que continha estratégias de oposição com o objetivo de desgastar o governo eleito e atribuir responsabilidades pelos atos à administração federal. Essas ações visavam não apenas comprometer a imagem do governo, mas também enfraquecer o trabalho da gestão atual. O relatório da Polícia Federal detalha as intenções de criar uma narrativa para desviar o foco das responsabilidades pela invasão.
Mário Fernandes foi um dos detidos durante a Operação Contragolpe, que investigava um plano de desestabilização do governo, que incluía ações extremas, como a tentativa de assassinato de várias autoridades. O plano, denominado Punhal Verde e Amarelo, falhou em razão da falta de apoio militar, mas revela os objetivos radicais de setores da oposição no período. As investigações continuam a esclarecer os detalhes dessa trama, que envolvia tanto o enfraquecimento político quanto a violência.