No sudoeste do Paraná, agricultores encontraram uma gata-maracajá ferida e contataram uma protetora de animais, que a levou ao Hospital Veterinário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) em Realeza. A espécie, considerada vulnerável no Brasil, enfrenta ameaças significativas devido à perda de habitat, o que resulta em conflitos com comunidades rurais. A gata resgatada sofreu fraturas em dois ossos da perna e tinha um projétil alojado na cauda, exigindo cirurgia e acompanhamento.
Enquanto a gata se recuperava, mais um gato-maracajá foi atropelado na rodovia entre Ampére e Santo Antônio do Sudoeste. O incidente destaca o aumento de atropelamentos de animais silvestres na região, que está sendo investigado em um estudo de mestrado coordenado por um professor da UFFS. Durante um levantamento em um trecho de 70 km, foram resgatados 16 animais, incluindo tamanduás e cachorros-do-mato, o que ressalta a urgência da pesquisa.
As gatas-maracajás que foram resgatadas estão sob tratamento e têm a chance de voltar à vida selvagem. A que passou por cirurgia deve ser monitorada na universidade por duas a três semanas antes de ser reabilitada em um espaço maior, possivelmente no Refúgio Biológico de Itaipu, com a expectativa de ser reintroduzida na natureza após um mês.