Pindobaçu, município localizado no semiárido baiano e conhecido como a “capital das esmeraldas”, enfrenta grandes desafios econômicos apesar de sua riqueza mineral. Com um PIB de apenas R$ 157 milhões em 2021, representando 0,04% do total do estado, a cidade possui um dos menores índices econômicos da Bahia. A mineração, principal atividade econômica da região, não gera riqueza local significativa, pois as pedras preciosas extraídas são comercializadas em cidades vizinhas, como Campo Formoso, sem que Pindobaçu se beneficie dos lucros ou desenvolva infraestrutura para atrair investimentos.
A realidade social da cidade reflete a fragilidade econômica: cerca de 60% da renda local vem da administração pública, e 40% da população vive com menos de 1/4 do salário mínimo per capita. A migração também é um problema recorrente, com a população diminuindo cerca de mil pessoas entre 2010 e 2022. A desigualdade é evidente, com poucos aproveitando os lucros milionários da mineração enquanto muitos sobrevivem de trabalhos precarizados no garimpo ou empregos informais. A esperança por uma mudança ainda persiste entre os garimpeiros e moradores, que veem na exploração das esmeraldas uma possibilidade de melhorar suas condições de vida.
Além das dificuldades, Pindobaçu é uma cidade rica em cultura e belezas naturais, com eventos tradicionais como a Festa de Reis e pontos turísticos como a Serra da Fumaça e cachoeiras que atraem turistas interessados em ecoturismo. Entretanto, sem investimentos adequados e políticas públicas eficientes, a cidade permanece dependente de uma economia de subsistência, em um contraste marcante com o potencial de sua riqueza mineral.