Os chanceleres do G7 reafirmaram o compromisso em apoiar a transição democrática na Venezuela, destacando a vitória do candidato Edmundo González nas eleições de julho, com base em registros divulgados pela oposição. Em uma declaração conjunta, os ministros das Relações Exteriores dos países membros do grupo expressaram também profunda preocupação com as graves violações de direitos humanos no país, incluindo prisões arbitrárias e abusos contra manifestantes. Os governos do G7 reiteraram o apoio ao processo democrático e o pedido pela libertação dos presos políticos.
A situação eleitoral na Venezuela tem sido marcada por controvérsias, com o governo de Nicolás Maduro sendo declarado vencedor das eleições, apesar das alegações de fraude. A oposição, por sua vez, afirma que seu candidato, Edmundo González, venceu com ampla maioria, conforme dados fornecidos por seus observadores. González foi reconhecido como presidente eleito por países como os Estados Unidos e membros da União Europeia, mas se encontra atualmente em exílio na Espanha, onde solicitou asilo político. Ele declarou que retornará ao país em janeiro para assumir a presidência, enquanto Maduro também se prepara para um novo mandato.
Em resposta às declarações do G7, o governo venezuelano, por meio do Ministério das Relações Exteriores, qualificou as críticas como uma forma de interferência nos assuntos internos do país e anunciou que iniciará uma revisão de suas relações com os membros do grupo. A nota do governo também refutou as acusações de abusos e sublinhou que o respeito à soberania nacional continua sendo uma prioridade para o governo de Maduro. Enquanto isso, a ONG Foro Penal contabiliza mais de 1.800 presos políticos, e as autoridades venezuelanas afirmaram estar revisando casos de detenção relacionados aos protestos pós-eleitorais.