O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos tem gerado preocupação entre aliados europeus, que temem a maneira como ele poderá intervir no conflito entre Rússia e Ucrânia. Trump, que se comprometeu a buscar uma solução para a guerra, está sendo observado com cautela, especialmente após declarações de seu conselheiro de Segurança Nacional, Mike Waltz, que indicaram uma possível aproximação entre os EUA e a Rússia. O Kremlin, por sua vez, reafirma a disposição de Vladimir Putin para negociações, mas suas condições para a paz geram resistência.
Em um encontro recente em Roma, os ministros das Relações Exteriores do G7 discutiram a guerra e começaram a revelar algumas divisões sobre o apoio à Ucrânia. França e Reino Unido cogitam enviar soldados ao país em caso de diminuição da ajuda dos EUA, enquanto a Itália reforçou seu apoio financeiro, militar e político, mas descartou o envio de tropas. Além disso, a Alemanha está se preparando para eventuais ataques russos, com planos de construção de abrigos para civis.
O plano de paz proposto por Putin, conforme publicado pela agência ucraniana Interfax, sugere uma divisão da Ucrânia em três partes, com a Rússia anexando a região leste e a Crimeia, criando uma república pró-russa no centro do país, incluindo Kiev, e deixando a parte ocidental sob controle ucraniano. O presidente ucraniano Volodimir Zelensky se opôs a qualquer concessão territorial, o que dificulta um acordo. O Papa Francisco, por sua vez, se referiu ao conflito como um dos maiores fracassos da humanidade, destacando a persistência da violência sobre o diálogo.