O G20 Social, que começa nesta quinta-feira (14) no Rio de Janeiro, reunirá representantes de mais de 3 mil favelas de 51 países para apresentar suas demandas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No evento, será entregue o documento “Comunique”, que traz propostas de soluções para questões sociais que afetam as comunidades, como transporte, segurança pública e o apoio às mulheres que sustentam suas famílias sozinhas. O foco do evento é também discutir a discriminação e o estigma enfrentados pelos moradores de favelas. O documento foi redigido por quem vive essas realidades, destacando as necessidades e as soluções já encontradas pelas próprias comunidades.
A proposta de incluir moradores de favelas na elaboração de soluções para os problemas que afetam suas vidas marca uma mudança significativa na forma como esses temas são abordados em conferências internacionais. Em vez de levar a favela para o G20, o evento global foi trazido para dentro das comunidades. Esse enfoque visa garantir que as pessoas diretamente afetadas possam ser protagonistas na construção de soluções, contribuindo com suas experiências e propostas para os debates sobre desigualdade social e direitos humanos.
O G20 Social também será uma oportunidade para reforçar a importância de a sociedade civil, unida, pressionar por mudanças políticas concretas. A expectativa é que as propostas apresentadas no evento influenciem as políticas globais e locais, especialmente no Brasil, e resultem em ações efetivas para enfrentar os desafios históricos das favelas, promovendo maior equidade e inclusão social.