O ministro Márcio Macedo participou da abertura do G20 Social, evento paralelo à Cúpula do G20, que discutiu propostas para enfrentar questões globais como mudanças climáticas, desigualdade social e governança internacional. Em sua fala, Macedo destacou uma proposta para a criação de uma taxação de 2% sobre grandes fortunas, que, segundo ele, poderia gerar recursos suficientes para melhorar a vida de 350 milhões de famílias em todo o mundo. Parte dessa arrecadação seria destinada a um fundo climático, com foco na preservação de florestas tropicais, como as do Brasil, e no apoio a comunidades que vivem em áreas de risco, como indígenas e quilombolas.
Além da questão ambiental, o ministro também ressaltou a importância de discutir a transição energética e o papel das políticas públicas no enfrentamento das mudanças climáticas. Ele enfatizou a necessidade de criar um modelo de governança global mais inclusivo e justo, criticando o atual Conselho de Segurança da ONU, composto por países que, na sua visão, paradoxalmente financiam conflitos armados enquanto falam em nome da paz. Macedo sugeriu que o Brasil, com sua liderança no Sul Global, tem um papel fundamental em promover mudanças nesse contexto.
Por fim, o ministro manifestou a expectativa de que essas propostas e críticas serão incorporadas ao relatório final do G20 Social, que será entregue ao presidente Lula e aos líderes do G20 nos próximos dias. Ele concluiu que a reforma na governança global é urgente, considerando que o modelo atual, herdado da Segunda Guerra Mundial, já não reflete a realidade do século XXI. O documento, que busca destacar temas como justiça social, clima e democracia, será uma base para o debate nas próximas reuniões internacionais.