O G20 Social proporcionou uma plataforma significativa para a sociedade civil organizada, permitindo a inclusão de questões cruciais, como o direito à alimentação, à terra e à transição energética. Mazé Morais, representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais (Contag), destacou a importância deste espaço de diálogo e expressou a esperança de que os avanços discutidos se consolidem, influenciando futuras cúpulas do G20. Ela enfatizou a necessidade de uma transformação no sistema agroalimentar, defendendo práticas mais sustentáveis e a valorização dos saberes populares, especialmente para combater a crise climática e promover a justiça social e ambiental.
A cúpula também abordou a crise global de governança, com Oliver Röpke, presidente do Comitê Econômico e Social Europeu, apontando a urgência de uma reforma na governança global para enfrentar os desafios contemporâneos, como as mudanças climáticas, a desigualdade e a transição digital. Röpke ressaltou que a sociedade civil precisa ser mais representada nos processos decisórios, e que as organizações multilaterais devem ser fortalecidas para garantir uma ação mais inclusiva e democrática. A cúpula do G20 Social foi vista como um exemplo de como envolver essas vozes de forma eficaz.
O ministro Márcio Macêdo, coordenador do G20 Social, reconheceu o impacto positivo do encontro, que reuniu cerca de 47 mil participantes. Ele agradeceu pela colaboração política que possibilitou a realização do evento e destacou que o G20 Social foi uma plataforma única para dar voz aos movimentos sociais e ao povo brasileiro, com a contribuição ativa da sociedade civil. No encerramento, o ministro afirmou que o G20 Social cumpriu seu objetivo de gerar um documento representativo das demandas populares, que será apresentado aos chefes de Estado.