O G20 Social, iniciativa inédita liderada pelo Brasil, tem pressionado os governos dos países do grupo a adotar medidas mais ambiciosas para enfrentar as desigualdades sociais e as mudanças climáticas. Em sua declaração final, o evento destacou a importância de taxar as grandes fortunas como uma estratégia fundamental para financiar políticas sociais e ambientais. Organizações da sociedade civil, como o Observatório do Clima, reforçam que a taxação progressiva dos super-ricos é crucial para viabilizar a adaptação ao clima e a transição energética justa, especialmente em um contexto de crescente concentração de riqueza e responsabilidades ambientais entre os países do G20.
Durante o G20 Social, que ocorreu no Rio de Janeiro, foram abordados temas como segurança alimentar, justiça fiscal e o enfrentamento da pobreza. A proposta de taxação dos bilionários ganhou destaque, sendo considerada uma agenda essencial para a justiça fiscal e ambiental. Além disso, o evento propôs um reforço nos esforços globais para combater as desigualdades, promover uma transição energética que respeite as populações mais vulneráveis e proteger as florestas tropicais. Esses pontos, refletidos na declaração final, serão levados pelo presidente brasileiro à Cúpula dos Líderes do G20, marcada para os dias 18 e 19 de novembro, e podem influenciar as negociações internacionais.
O G20 Social também foi um marco de maior participação da sociedade civil nas discussões globais, algo considerado uma das grandes conquistas da presidência brasileira. Diversas iniciativas foram discutidas, como a criação de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, visando implementar soluções eficazes para a insegurança alimentar mundial. Para muitos, como representantes de movimentos sociais e organizações, é urgente que as propostas do G20 Social sejam levadas a sério nas esferas políticas internacionais, com foco na ampliação do diálogo entre governos, corporações e a sociedade civil para promover um modelo econômico mais justo e sustentável.