O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou da cerimônia de encerramento do G20 Social, uma iniciativa derivada do G20, e destacou a importância de os governos romperem com a crescente dissonância entre os interesses do mercado e as necessidades da população. Segundo Lula, essa separação tem se intensificado e contribuído para a desigualdade econômica e política, agravada por políticas neoliberais. Ele enfatizou que é necessário estabelecer um diálogo mais estreito entre os governantes e os cidadãos para que os avanços alcançados no encontro possam ter um impacto real na vida das pessoas.
O presidente também sugeriu que o G20 Social, criado sob a presidência brasileira, continue ativo nos próximos anos, mesmo fora das reuniões formais do G20. A intenção é evitar que o fórum siga o caminho de outros encontros internacionais, como o Fórum Mundial Social, que perdeu força com o tempo. Lula convocou os movimentos sociais a manter o engajamento e a busca por soluções para os problemas estruturais globais, como o alto custo de vida e a precarização das condições de trabalho.
Por fim, Lula afirmou que levará as propostas do G20 Social para a cúpula dos líderes do G20 e trabalhará com a próxima presidência do grupo, da África do Sul, para garantir que as recomendações sejam debatidas nas próximas edições. O presidente também ressaltou a necessidade de ações concretas para promover a paz, a justiça social e a preservação dos direitos, diante do aumento do extremismo e das ameaças aos direitos fundamentais.