Durante a cerimônia de encerramento da Cúpula do G20 Social, realizada no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a ampliação do G20 com a adição de um terceiro pilar, o social, que se junta aos pilares político e financeiro. Em seu discurso, Lula destacou que, pela primeira vez, grupos da sociedade civil puderam interagir diretamente com líderes de governos e instituições globais, o que representa um avanço significativo na forma de engajamento das pessoas nas discussões sobre economia e política internacional.
Lula mencionou ainda a importância de promover o empreendedorismo, a autonomia econômica feminina, a igualdade racial e a ambição climática, defendendo que o G20 deve atuar de forma mais inclusiva e equitativa, com um foco maior na justiça social e na sustentabilidade. Ele destacou também a necessidade de reformas na governança global, com a criação de instituições multilaterais mais representativas, e a relevância da mobilização social para alcançar os objetivos do grupo, como o combate à fome e à pobreza e a redução das emissões de gases de efeito estufa.
O ministro das Relações Exteriores da África do Sul, Ronald Lamola, que assume a presidência rotativa do G20 em 2025, comprometeu-se a dar continuidade à proposta brasileira de um G20 mais inclusivo e com maior participação da sociedade civil. Ele também ressaltou a desigualdade no financiamento global para o combate às mudanças climáticas, apontando que o Sul Global recebe uma fração mínima dos recursos disponíveis. Lamola destacou a importância de manter as metas de desenvolvimento sustentável e a criação de um futuro mais justo e equitativo para as próximas gerações.