Durante a Cúpula dos Líderes do G20, realizada no Rio de Janeiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recebeu 70 promessas de doações de países participantes, totalizando US$ 1,7 bilhão. Mais da metade das doações veio de novos contribuintes, o que representa um avanço significativo no financiamento global da saúde. Tedros Adhanom, diretor-geral da OMS, destacou que esse aporte cria um cenário mais previsível e flexível para enfrentar desafios de saúde globais, ao mesmo tempo em que permite a implementação de respostas eficazes.
O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, reforçou a necessidade de os países ricos priorizarem investimentos em saúde, especialmente quando comparados aos elevados gastos com guerras. Lula enfatizou que a crise sanitária, como a pandemia de Covid-19, expôs desigualdades no acesso a recursos essenciais, como respiradores e vacinas, e que é crucial direcionar investimentos para garantir saúde básica para todos. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, também ressaltou o papel da OMS e o impacto das iniciativas de financiamento para fortalecer a resposta global à saúde, incluindo a criação da Coalizão para a Produção Local e Regional, que visa promover inovação e acesso equitativo.
A declaração final da Cúpula do G20 reiterou o compromisso com uma governança global mais eficaz, alinhando as prioridades de saúde com o combate à fome, às desigualdades e à mudança climática. A abordagem “Uma Só Saúde” foi central, reconhecendo a interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental, e defendendo uma ação integrada para prevenir doenças e proteger o meio ambiente. Essas iniciativas visam criar um futuro mais justo e seguro, com um sistema multilateral de saúde fortalecido e mais resiliente a crises futuras.