O G20, encontro que reúne as principais economias do mundo, começou no Rio de Janeiro com temas centrais como o combate à fome, a mudança climática e a reforma das instituições globais. Com a presidência do Brasil pela primeira vez, o evento ocorre até terça-feira (19) no Museu de Arte Moderna e reúne líderes de 19 países, além de representantes da União Europeia e da União Africana. A agenda do encontro inclui discussões sobre políticas para a transição energética, desenvolvimento sustentável e fortalecimento da governança internacional, com destaque para a proposta brasileira de modernizar a arquitetura da ONU e promover ações mais eficazes contra a pobreza.
Entre as iniciativas lançadas pelo Brasil, destaca-se a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, com o objetivo de alcançar milhões de pessoas com programas de transferência de renda e ampliar o acesso a serviços de saúde e educação. A cooperação internacional para enfrentar a escassez alimentar e promover a inclusão social também ocupa posição central nas discussões. Além disso, diplomatas trabalham em uma declaração conjunta sobre temas polêmicos como a guerra na Ucrânia e as propostas de taxação de grandes fortunas, que ainda geram divergências entre os participantes.
Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou do Urban 20 (U20), fórum que reúne prefeitos de cidades do G20. No evento, ele ressaltou o papel das cidades na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas e a necessidade de maior financiamento para ações climáticas e urbanas no Sul Global. A transição ecológica, segundo o presidente, depende de uma colaboração mais estreita entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, especialmente nas áreas mais urbanizadas, que concentram a maior parte das emissões de gases de efeito estufa e estão mais vulneráveis aos impactos climáticos.