As negociações para a declaração final do G20, que acontece no Rio de Janeiro, enfrentam dificuldades devido a divergências em temas como igualdade de gênero, tributação e questões geopolíticas. Após longas negociações que se estenderam até a madrugada de domingo, foi alcançado um esboço de texto com consenso em vários pontos, mas ainda há questões em aberto que exigem resolução antes do fim da cúpula, na terça-feira, dia 19. As discussões continuam focadas em temas como a taxação de super-ricos, o enfrentamento das mudanças climáticas e a guerra na Ucrânia.
Os negociadores brasileiros demonstram preocupação com o risco de a inclusão de temas sensíveis, como a geopolítica e a tributação, levar à reabertura do texto, que já havia sido fechado após intensas negociações. A taxação dos super-ricos, por exemplo, continua a ser um ponto de impasse, com a Argentina se opondo a essa proposta. No entanto, uma menção à taxação dos mais ricos deve ser mantida no documento final, o que representaria um avanço importante, apesar das divergências.
A agenda final do G20 também contempla o papel das cidades no combate à crise climática, com destaque para a importância das políticas locais. As negociações finais serão conduzidas em encontros bilaterais entre os países até o término da cúpula, quando o documento definitivo será lido. Embora muitos pontos ainda precisem ser resolvidos, a expectativa é que um acordo seja alcançado até o final da reunião, refletindo os compromissos globais diante dos desafios atuais.