A tempestade Rafael intensificou-se para um furacão nesta terça-feira, movendo-se com ventos sustentados de 120 km/h em direção a Cuba, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC). A chegada de Rafael está prevista para quarta-feira, atingindo a ilha apenas duas semanas após o ciclone Oscar, que deixou oito mortos e causou um apagão generalizado. Na província de Artemisa, famílias foram evacuadas de áreas costeiras vulneráveis, como o povoado de Guanimar, enquanto a falta de eletricidade dificulta a comunicação sobre as medidas de segurança para a população local.
Diante da ameaça do furacão, o Conselho de Defesa Nacional de Cuba foi acionado para coordenar esforços de proteção à população e preservação de recursos materiais, com nove das 15 províncias em estado de alerta. O presidente Miguel Díaz-Canel supervisionou ações em setores estratégicos, como abastecimento alimentar, energia, transporte e saúde. Segundo a imprensa local, 70 mil pessoas já foram evacuadas, sendo a província de Guantánamo uma das mais afetadas pelas chuvas remanescentes do ciclone Oscar.
Cuba enfrenta desafios econômicos e energéticos agravados por frequentes apagões e falta de combustível, que impactam severamente a vida cotidiana. O recente apagão geral, iniciado em outubro, deixou milhões sem eletricidade e expôs a fragilidade da infraestrutura energética da ilha. A situação intensifica-se com a chegada de novos eventos climáticos extremos, que reforçam a necessidade de mobilização e suporte emergencial em meio a uma crise econômica que inclui escassez de alimentos, medicamentos e alta inflação.