A tempestade Rafael intensificou-se para furacão nesta terça-feira (5) e se aproxima de Cuba, onde é esperado para chegar na quarta-feira (6). O fenômeno meteorológico, com ventos de até 120 km/h, representa uma nova ameaça ao país caribenho, que ainda se recupera dos danos causados pelo ciclone Oscar duas semanas antes. Em áreas como a província de Artemisa, próxima à capital Havana, moradores foram evacuados enquanto o governo ativou o Conselho de Defesa Nacional para coordenar ações de emergência.
Com nove das quinze províncias em alerta, o presidente Miguel Díaz-Canel supervisionou as medidas preventivas, envolvendo setores de alimentos, energia, transporte, construção e saúde, para garantir a proteção da população e dos bens materiais. Segundo a imprensa cubana, cerca de 70 mil pessoas já foram retiradas de áreas de risco, sendo a província de Guantánamo uma das mais afetadas anteriormente pelo ciclone Oscar, que resultou em graves inundações e apagões.
A chegada do furacão Rafael ocorre em um momento de crise energética no país, agravada por apagões frequentes e dificuldades no abastecimento de combustível, o que impacta diretamente a economia e a vida diária dos cubanos. Em Havana, medidas como a drenagem de ruas e a poda de árvores foram intensificadas para minimizar os danos. A situação, somada à escassez de alimentos e medicamentos, reflete um cenário econômico desafiador, com a ilha enfrentando uma das piores crises das últimas três décadas.