A tempestade tropical Rafael se intensificou para um furacão e avança em direção a Cuba, trazendo ventos de até 120 km/h e obrigando milhares de pessoas a abandonarem suas casas. De acordo com o Centro Nacional de Furacões dos EUA, o furacão se aproxima da ilha, que ainda se recupera dos estragos provocados pelo ciclone Oscar, ocorrido há duas semanas e que deixou oito mortos. Em Guanimar, uma das áreas evacuadas na província de Artemisa, moradores relatam dificuldades para se preparar devido à falta de energia.
Diante do cenário, o governo cubano acionou o Conselho de Defesa Nacional, que coordena esforços para proteger a população e os recursos materiais. Brigadas em Havana e em outras províncias trabalham para desobstruir vias, retirar lixo e realizar podas preventivas, enquanto nove das quinze províncias do país foram colocadas em estado de alerta. A imprensa local informou que cerca de 70 mil pessoas foram evacuadas, especialmente em áreas mais vulneráveis, como Guantánamo, que também foi gravemente afetada pela tempestade Oscar.
A chegada de Rafael agrava a crise energética que Cuba enfrenta, exacerbada por um recente apagão geral e o déficit crônico na geração de eletricidade. A ilha ainda lida com apagões recorrentes, inflação elevada e escassez de alimentos e medicamentos, o que intensifica a situação crítica no país. Em meio a essa crise prolongada, o restabelecimento de serviços básicos permanece um desafio para o governo e para a população, que enfrenta dificuldades crescentes.